só te sorrio com a possibilidade da morte.
Silencio a verdade aparente
e, por trás dos gonzos que rangem, videntes,
apareço.
Sou a folha da árvore morta no outono,
a primavera que a planta tem de abono.
Sou o vento frio que escrespa o mar do sul,
sou feroz e sedento,
sou vil e sou um.
Eu só te mostro aquilo que consegues ver.
Só te emociono com as coisas que tens a capacidade de conceber.
Sou como a vontade da palavra que surge por entre os atos desesperados:
sou um rato,
presto,
um rato a morder.
Eu sou o som da noite escura e fria,
a solidão dos que entoam esta sinfonia.
Sou a felicidade incrivelmente arredia
e trago nas mãos a forma sublime e simples
do desmerecimento eterno.
Fabiano Martins