Penso no segundo antes de nascer,
no universo antes dele acontecer.
Penso no infinito sem começo,
sobre a finitude do meu ser,
sobre a delicadeza da vida
- às vezes elefante, às vezes formiga -.
Penso no brilho das estrelas furtivas
iluminando os campos com sua luz antiga.
Penso sobre os erros, sobre os desacertos
e os desencontros,
sobre os âmbitos mais noturnos da alma.
Penso sobre aprender,
e apreensivo penso que não me encaixo,
mas sei que esse pensamento é inevitável.
Então paro de pensar.
Guardo a ansiedade sob a carne e
vou a pé pela cidade.
A pé.
Fabiano Martins