terça-feira, 6 de setembro de 2022

Aqui


A que ou a quem posso chamar de meu?
Que coisa seria minha, verdadeiramente minha? 
Que autonomia me permitiria nessa vida, com a máxima convicção,
estar certo? 
Nada há senão o meu não saber 
eterno,
que de tanto existir
não acha mais dissabor na condição,
mas quer festejar, 
ter com outros iguais e com eles comemorar 
- não a razão -
mas o fato de estarmos aqui.


Fabiano Martins